quinta-feira, 5 de junho de 2014

amor | morte | vida

Como se dos meus olhos cegos pudessem vir boa constatação, como se o tatear das minhas mãos cegas pudessem apalpar toda a glória e miséria do universo. E essa pretensão no meu mundo de um denominador comum que não seja amor livre, morte completa e vida eterna.
Tocam-se orquestras, escalas pentatônicas, violinos: ouço os dias. Mudam de direção e sentido, e por isso, também mudam de destino e de fim (a lógica do arrependimento); esvaziam-se medos, manhãs ansiosas, sobram mãos vazias, e com elas paz e liberdade até então desconhecidos. Amanhece: outro mundo. Renasce: outro coração.
Como se eu precisasse e (todos nós) de mais uma resposta! Queimo os livros e as palavras. O que realmente me sacia é necessariamente silêncio.