Quando cantaram que cada um tem um mundo que é só seu, ninguém me avisou sobre as complicadas interações entre mundos e entre a realidade fora dele. Quando eu quero me autoinventar, ensinar minhas próprias verdades pra mim e pra os outros mundos ao meu redor, me autodefinir fora de você, prometer pra mim mesma sobre o vazio inexorável da minha criaturidade que serei diferente amanhã de manhã, quando quero irracionalmente escolher quem devo ser sem perguntar nada a você, quando tento te alcançar sem te esperar, te ouvir sem calar, te seguir e fugir, quando quero uma lista e não uma alma, um padrão imutável e não a surpresa,
aí você faz isso.
Você fotografa meus dias como eles são.
E o que eu tenho nas mãos é isso, um retrato fiel da minha introspecção, que apesar de ser doença, fica só nossa aos seus olhos. Um contrato assinado com sangue de que o que preenche a distância que tanto me incomoda agora é uma profunda vontade de pertencer e estar, melhor descrita com aquele abraço de uns anos atrás.
Nos melhores e piores dias, tenho essa poesia comigo, escrita em todas as nuvens do seu céu.
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