segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Veio de longe.
Atravessou dois oceanos e cinco desertos, e bateu na minha porta.
Homem-espelho.

Conhecemo-nos pelo nome e adentramos na biblioteca um do outro.
Passávamos as horas em silêncio
No milagre de dispensar palavras e relógios
E não éramos sós

Mas isto foi antes de queimarem meus dicionários e meus despertadores e anestesiarem todos os meus sentidos porque agora estou hermética.

Eu olhei nos olhos dele
(Ou seja, nos meus)
E vi que ainda estou tão só quanto quatro anos atrás.

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