No céu, aquarela.
No mundo ao redor de nós, eles fazem propagandas e ruídos. E as cores do marketing nos outdoors vão, dia depois de dia através da mesma avenida, tornando-se padrões que eu tomei pra mim. Isso é o Mundo e todas as suas mentiras, e meus olhos, já míopes, não distinguem os contornos falsos nele. Dos carros, luzes coloridas. Isso é a cidade com sua agitação ansiosa, é a fuga, contemplada de dentro dos carros fechados, escuros e gelados - que calor faz aqui.
Estamos todos cegos, eu estou, você está, porque atravessamos esse inacreditável caos completamente entorpecidos pela mentira que compramos que está tudo bem com esse negócio mal-construído, já às portas de ruir, que é a realidade.
No mundo ao redor de nós, eles fazem propagandas e ruídos. E as cores do marketing nos outdoors vão, dia depois de dia através da mesma avenida, tornando-se padrões que eu tomei pra mim. Isso é o Mundo e todas as suas mentiras, e meus olhos, já míopes, não distinguem os contornos falsos nele. Dos carros, luzes coloridas. Isso é a cidade com sua agitação ansiosa, é a fuga, contemplada de dentro dos carros fechados, escuros e gelados - que calor faz aqui.
Estamos todos cegos, eu estou, você está, porque atravessamos esse inacreditável caos completamente entorpecidos pela mentira que compramos que está tudo bem com esse negócio mal-construído, já às portas de ruir, que é a realidade.
Mas de você vem riso, melhor que a música que toca. A música, boa música, cala todos os sons desconfortáveis, os ruídos do mundo que já mencionamos.,, Você não cala os sons; você quebra o silêncio porque ri quando eu não estou esperando, na verdade, todos os dias eu espero menos de você. Nem sei se deveria estar fazendo isso. Nem sei se deveria lutar por você ou coisa assim, porque te vejo rindo, e o silêncio de antes era pesado.
Acho que eu quis dizer que o que aconteceria com você, aconteceria comigo. Que somos essa unidade apesar dos nossos segredos e silêncios. Talvez bem na interface de quem eu sou e do que você é, esse espaço nanométrico onde a gente quase se toca, haja uma verdade por trás do que eu disse que era e do que você disse que era, ambos diminuídos pelo poder limitante das palavras. Nessa interface não há forma nem dicionário nem teoria, há uma verdade que a gente se esforça pra encontrar, a verdade sobre minha história, sua história, e falar sobre isso é distinguir isso, só que nossas histórias são indistinguíveis... Literalmente não há eu sem você. Então calo, enquanto você ri, e isso é bom; nisto, não há palavra alguma, embora não soe como liberdade, só como expectativa de uma compreensão, uma revelação, um insight que eu ainda preciso.
Em mim sumia a poesia mesmo que em você ainda haja som, porque eu estou tentando caminhar na linha tênue entre sobreviver e enlouquecer, e pra isso, há remédio. Dos que fazem dormir, e também daqueles que vem em fórmulas menos compactas. Um abraço demorado, um banho morno antes de dormir, uma oração sincera.
Essas coisas, que curam tudo o que é doença...
Em mim sumia a poesia mesmo que em você ainda haja som, porque eu estou tentando caminhar na linha tênue entre sobreviver e enlouquecer, e pra isso, há remédio. Dos que fazem dormir, e também daqueles que vem em fórmulas menos compactas. Um abraço demorado, um banho morno antes de dormir, uma oração sincera.
Essas coisas, que curam tudo o que é doença...
De mim, vazios e uma boa dose de pessimismo.
Acima de nós, lua. Hoje, cheia.
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